20/02/2017
ANTT poderá excluir BR-386 do edital de concessões de pedágio

ANTT poderá excluir BR-386 do edital de concessões de pedágio

Audiência pública sobre privatização da rodovia apresentou ideias divergentes de representantes.


(Foto: Alina Souza / Correio do Povo)

Depois do ultimato dado pela Agência Nacional de Transportes (ANTT), os líderes regionais precisarão se reorganizar para as duas próximas audiências públicas sobre os pedágios da BR-386. No encontro de quinta-feira, 16, a autarquia não demonstrou disposição em alterar o modelo apresentado, no qual está prevista a colocação de quatro praças ao longo da rodovia.

A alternativa apresentada é que o trecho fique sob responsabilidade do governo federal, e não receba os investimentos previstos no plano de concessão. Com isso, o término da duplicação dependeria do dinheiro do governo federal ou estadual. Isso manteria a situação atual, onde dos cerca de 300 km de rodovia apenas 33 foram duplicados.

Durante o encontro discursos antagônicos foram proferidos. Representantes das regiões que são cortadas estiveram presentes no evento.

Divergências no PMDB

O assunto chegou na Assembleia Legislativa, onde uma comissão para avaliar o tema está sendo formada. Entres os membros está Tiago Simon (PMDB), ele diz estar preocupado com a forma apressada com que o processo está sendo conduzido. “Queremos construir um processo mais equânime possível. Isso não pode ser feita no atropelo, de maneira açodada, como vem sendo feito”.

Simon teme que se repita os erros cometidos nas concessões da década de 90, quando o então governador Antônio Britto assinou contratos de 30 anos com empresas privadas. “Seria um risco gravíssimo que a comunidade tivesse um pedágio como tivemos no estado, que era muito caro. Ele era muito ruim, foi tudo mal feito”.

Ao contrário do colega de partido, Edson Brum defende que os contratos assinados foram corretos, mas tiveram problemas na gestão seguinte. “O problema foi o primeiro aditivo, assinado no governo Olívio Dutra, onde aumentaram o repasse às empresas. Isso foi votado em três dias. Mesmo com as divergências, os deputados concordam ao avaliar que o debate sobre os pedágios precisam ser mais técnicos do que políticos.

A informação do Jornal a Hora.